Sei que algumas pessoas questionaram o meu "silêncio" mas apenas me dei férias do computador também. Estava muito cansada e dormi muuuuuuuuuuuuuiiito para compensar. Agora a vida volta ao normal e um novo ano letivo se inicia - e todos os problemas relativos ao trabalho também, fazer o quê né, ossos do ofício.
Encontrei esse texto entre as coisas da minha mãe e me senti um pouco mal porque no fundo sinto que minhas aulas não estão sendo realizadas do modo que eu gostaria. As vezes me sinto de mãos atadas diante de tanto entrave, de tanta burocracia, de tantas faltas: falta de estímulo, de material, de interesse, de apoio, de trabalho de equipe e blablabla.
A VOLTA DO VELHO PROFESSOR
Em pleno século XX, um grande professor do século passado voltou à Terra e, chegando a sua cidade, ficou abismado com o que viu: as casas altíssimas, as ruas pretas, passando sobre as outras, com uma infinidade de máquinas andando em alta velocidade, o povo falava muitas palavras que o professor não conhecia (poluição, avião, rádio, metrô, televisão...) Os cabelos de umas pessoas pareciam com os do tempo das cavernas... e as roupas deixavam o professor ruborizado.
Muito surpreso e preocupado com a mudança, o professor visitou a cidade inteira e cada vez compreendia menos o que estava acontecendo. Na igreja, levou susto com o padre que não mais rezava em latim, com o órgão mudo e um grupo de cabeludos tocando uma música estranha.
Visitando algumas famílias, espantou-se com o ritual depois do jantar: todos se reuniam durante horas para adorar um aparelho que mostrava imagens e emitia sons. O professor ficou impressionado com a capacidade de concentração de todos: ninguém falava uma palavra diante do aparelho.
Cada vez mais desanimado, foi visitar a escola - e, finalmente, sentiu um grande alívio, reencontrando a paz.
Ali, tudo continuava da mesma forma como ele havia deixado: as carteiras uma atrás da outra, o professor falando... e os alunos escutando, escutando, escutando.
Autor desconhecido
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