quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Fábula da convivência

Olá seguidores e "visitadores"!

Há muito tempo, ou pra tentar ser precisa, há uns dez anos, comecei a ensinar (melhor seria dizer, a tentar).

Pra completar o horário colocaram-me pra ensinar religião. Não o fiz. Transformei as tais aulas de religião em momentos de debates e diálogos com os alunos. Eram ótimos. Boas coisas saíram dali. Os alunos se aproximaram de mim e eu deles. Aliás, o tipo de relação que quero e tenho com os alunos sempre gerou conflito com alguns professores que, sei lá, talvez se achem ... Não, na realidade o melhor pra se colocar aqui é que alguns professores esquecem que já foram alunos e o que queriam quando alunos, o que fazia, o que admiravam nos professores e o que não suportavam...

Esse esquecimento gera a repetição de um comportamento bem arcáico...

Mas isso fica para outro post.

Queria compartilhar um texto que usei em uma dessas aulas e que sempre gostei.

A FÁBULA DA CONVIVÊNCIA 

Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições de clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.

Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos de seus semelhantes. Doíam muito...

Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.

Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.

Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.

Té mais

Obs.: Não sei quem é o autor, mas o texto é ótimo.

Qual a moral da história?

Um comentário:

  1. Oi Anne!
    Já conhecia o texto, ótimo para refletir sobre as relações humanas. Sinto falta da sua opinião. A moral deixo para os alunos.
    Bjs.

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